segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Vídeo para animar a segunda!
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Sun-Tzu–A arte da Guerra e a Publicidade
Que o dia a dia das agências e publicitários é uma guerra todo mundo já sabe! Mas agora conceituado da forma como eu lhes apresentarei abaixo é novidade!
Não é a primeira vez que temos a colaboração da Karine Mendes, deixa a sua contribuição aqui!
Aí vai o texto dela, e digo mais: VALE MUITO A PENA LER ATÉ O FINAL!
Capítulo II - “Do comando da Guerra”
O capítulo fala de como sair para conduzir uma guerra, ou no nosso caso uma campanha publicitária. “Não adies o momento do combate, nem esperes que tuas armas se enferrugem e o fio de tuas espadas se embote. A vitória é o principal objetivo da Guerra”. Esse trecho do livro descreve bem o trabalho publicitário, pois por mais que o profissional tema entregar uma peça a um cliente com medo da reprovação, ele não pode e não deve se deixar levar por esse medo. O bom profissional não deve deixar o trabalho, nem as reflexões esfriarem, ou comprometerem a qualidade de seu trabalho, pois a satisfação do cliente é o objetivo a ser alcançado.
Capítulo III “Da arte de vencer sem desembainhar a espada”
Uma parte muito interessante deste capítulo é onde Sun Tzu cita os sete erros no comando dos exércitos. Abaixo seguem os sete erros reescritos para a publicidade.
I-> Fazer tudo de acordo com o cliente sem questionar ou relevar as consequências.
II-> Deixar os funcionários confusos sem bases a seguir ou sem rumo.
III-> Confundir as regras e valores da agência com os pedidos do cliente, juntando tudo.
IV-> Confundir obediência ao cliente com flexibilidade
V-> Dividir a responsabilidade. Você assume, você comanda. Se aceitar “pitacos” do cliente a culpa também será dele.
VI-> Não dar um líder ao funcionário. Se você e o cliente mandarem juntos, o funcionário conduzirá o trabalho ao fracasso.
VII-> Esperar ordens. Não ter atitudes. Você deve ter vontade de inovar e ser decidido.
Outros cinco ensinamentos que devem ser citados para que você supere seus inimigos, ou no caso seus concorrentes.
I-> Saber quando insistir e quando aceitar
II-> Saber lidar com todos os tipos de trabalhos e clientes
III-> Saber o que priorizar
IV-> Estar preparado para grandes clientes
V-> Não aceitar toda a intervenção como lei, questione.
Capítulo V “Do confronto direto ou indireto”
Assim como na luta, devemos saber quais os pontos fracos e fortes do nosso cliente, para que possamos dar um golpe certeiro. Este golpe deve ser calculado de acordo com o cliente podendo ser um golpe direto, fixo ou ser algo indireto, imprevisto, mas isso irá depender de várias outras pessoas além de você, começando pelo cliente que irá aprovar ou não o conceito criado, do público-alvo se irá aceitar bem ou rejeitar a temática, enfim, não cabe somente a você.
Capítulo VIII “Da arte das mudanças”
Neste capítulo nos é ensinado o passo a passo da guerra, mas o que chama atenção mesmo é a prevenção dos 5 defeitos chamados comuns mas que tem o poder de fazer um grande estrago.
I-> Excesso de Entusiasmo - Você precisa ter coragem, estar entusiasmado, mas precisa ir com calma, planejar e não pisar em falso na corrida.
II-> Excesso de medo - Cuidar da vida é obrigação, mas não fazer nada por medo de algo dar errado não é o mais correto.
III-> Emocional abatido - O profissional que se deixa levar pela tristeza ou raiva não é um bom profissional, pois este se mantém instável em qualquer situação.
IV-> Desconfiar de si mesmo - A confiança em si mesmo é essencial, um profissional que se deixa levar por um erro nunca alcançará a honra. O profissional deve se manter em pé com as críticas, sejam elas boas ou ruins.
V-> Compaixão excessiva - A conhecida “pena” brasileira não deve influenciar o profissional de propaganda, pois estamos em um mercado competitivo.
São sábios conselhos que todo profissional deveria seguir.
Capítulo XI - “Dos nove tipos de terrenos”
Assim como Sun Tzu aponta, estudar os lugares para uma guerra é importante. Na publicidade é possível comparar os tipos de terrenos com os tipos de clientes.
I-> Cliente dispersivo - Você mostra o conceito da campanha criado pela agência e ele começa a discursar sobre outro assunto.
II-> Cliente leve - Ele chega, faz o briefing, pede algo clean e objetivo, a agência faz e ele aprova. Simples, rápido e eficaz.
III-> Cliente disputado - Adora dizer que mil agências querem a conta de sua marca e fica “ameaçando” a agência como desculpa para suas alterações sem sentido.
IV-> Cliente de reunião - Pede reunião com a agência para tudo, até para trocar o fundo de verde claro para verde escuro.
V-> Cliente cheio unidos - A agência não faz trabalhos, é parceira. Resolveremos tudo “juntos” e o “nosso” trabalho será ótimo.
VI-> Cliente com várias saídas - Tem solução para tudo. “Aquele conceito criado não é bem o que eu queria, mas podemos fazer assim ou assim”.
VII-> Cliente grave - O caso dele é sempre emergência e precisa da campanha para ontem.
VIII-> Clientes deteriorados - A marca dele está desgastada e ele não quer investir muito em propaganda.
IX-> Clientes mortíferos -> São de matar. É do jeito deles se questionar morre, ou perde a conta.
O livro em si pode ser encaixado em várias situações da publicidade, que assim como a guerra, também é uma arte. Uma das frases mais marcantes do livro é a que Sun Tzu relata sobre a velocidade das ações,“A rapidez é a seiva da guerra”.
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